Debate visa renovar Convenção Coletiva de Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires
O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) antecipou as discussões sobre a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que vai estipular reajustes e outras bases do acordo para as cidades de Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires. A assembleia aconteceu nas instalações da sede na manhã de quarta-feira (8) com a participação de empresários da categoria.
A data-base da categoria é 1º de janeiro e a negociação se renova todos os anos junto ao Sintshogastro (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em Geral de Hospedagem, Gastronomia, Alimentos Preparados e Bebidas a Varejo de Santo André e Região).
O Sehal é o representante legal da categoria, com cerca de 28 mil estabelecimentos na Região dos sete municípios que representa.
“O objetivo é verificar o que precisa ser mudado, alterado ou adaptado na convenção vigente, que termina em 31 de dezembro. Estamos falando apenas de cláusulas sociais porque as econômicas só definimos após a divulgação do INPC acumulado, o que deve ocorrer por volta de 10 de janeiro do ano que vem. Sendo assim, se já ajustarmos o texto, ganhamos tempo”, explicou o advogado do Sehal, João Manoel Pinto Neto.
As cláusulas sociais envolvem todos os direitos conferidos aos empregados que não tenham valor econômico descrito. Já as econômicas tratam de reajuste salarial, vale-alimentação, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), entre outras.
Plano – Uma das ideias é manter a validade das cláusulas sociais por dois anos. Atualmente ela é renovada anualmente. A assembleia sugere mudar a data-base para 1º de fevereiro, já que negociar a renovação de convenção coletiva em dezembro é complicado. Trata-se de um mês de trabalho muito acentuado para os empresários e isso dificulta o comparecimento para negociação.
Participaram da assembleia, empresários de diversos segmentos como bares, restaurantes, churrascarias, hotéis e pizzarias. No encontro foi criada uma comissão salarial que vai compor uma mesa de negociação junto ao Sintshogastro.
“Nada mais justo do que vocês, empresários, fazerem uma análise detalhada da convenção coletiva vigente para ajustes que se fizerem necessários. Estamos enfrentando graves problemas econômicos, e agora é o momento de colocar nossas dificuldades na mesa de discussão. Conhecer a convenção coletiva é o primeiro passo para discuti-la”, acrescentou Denize Tonelotto, também advogada do Sehal.
O presidente do Sehal, Beto Moreira, disse que o sindicato patronal está à disposição para discutir a convenção coletiva. “Inclusive para receber os empresários individualmente para que exponham seus anseios em relação à negociação, e somente assim definir o que é mais adequado para as empresas”, destacou.
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