Aos
Estabelecimentos de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC
Ref: carta aberta à categoria e população
O SEHAL- SINDICATO DAS EMPRESAS DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO DO GRANDE ABC e a AETHAL – ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE TURISMO, HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO DO ESTADO E SÃO PAULO, por seu presidente, vem externar sua INDIGNAÇÃO com a postura do Governo do Estado de São Paulo que, ao decretar o retorno do Estado de São Paulo para a fase amarela, o fez sem qualquer análise das dificuldades econômicas que os empresários de nossa categoria estão enfrentando e, mais uma vez, desatrelado de qualquer análise científica.
A maior gravidade está no fato de que a categoria não foi chamada para propor sugestões e alternativas que lhes permitissem continuar funcionando dentro dos critérios sanitários legais.
A determinação para encerramento das atividades dos restaurantes às 22 horas, e dos bares às 20 horas, além de absurda, prejudica gravemente toda categoria, especialmente aos restaurantes, buffets, pizzarias e similares.
Não vemos qualquer sentido em determinar que um cliente, que esteja jantando com familiares e amigos, deixe o estabelecimento às 22 horas, posto que sua permanência até as 23 horas em nada prejudicaria ou contribuiria para disseminação do vírus.
Não vemos sentido em obrigar os bares a fechar às 20 horas e aos restaurantes só venderem bebidas até às 20 horas. Acaso o vírus tem horário certo para contaminar as pessoas?
Fato é que estamos em dezembro. Historicamente, esperamos por dezembro para melhorar o faturamento, já que pagamos muitos encargos em dobro, e precisamos trabalhar para estancar um pouco nossas dívidas.
Além disso, dezembro é mês de encontros, de confraternização, de jantares, de Natal e Ano Novo. A economia se aquece e a roda gira.
Mas, sem qualquer justificativa, o governador fechou até mesmo os restaurantes, pizzarias, buffets e similares, obrigando-os a encerrar suas atividades às 22 horas.
Será que uma hora a mais no funcionamento do restaurante e pizzaria, com pessoas sentadas e dentro das regras, impactaria em propagação de vírus?
Enfim, vivemos em um País de demagogias, onde o transporte público vive abarrotado contaminando aqueles trabalhadores que dependem do mesmo para ir e vir. E, para isso, o governo fecha os olhos!
A hipocrisia governamental é tão latente que deixaram transcorrer livremente as eleições com encontros, comícios e etc, sem qualquer impedimento para, tão logo apuradas as urnas, viessem em rede nacional anunciar o agravamento da pandemia.
Colocar a responsabilidade da contaminação nos restaurantes, pizzarias, buffets e similares e punir os empresários impedindo-os de trabalhar é inaceitável. Não podemos ver os empresários serem tratados como culpados por todas as mazelas da sociedade.
Se querem buscar culpados, busquem nas baladas clandestinas e nos lugares onde pessoas, sem qualquer controle, se aglomeram de forma irresponsável. Intensifiquem a fiscalização e punam os culpados! Deixem quem trabalha corretamente continuar trabalhando!
Os estabelecimentos de nossa base, na grande maioria, estão preparados para o enfrentamento do vírus, com medidas e protocolos que estão seguindo desde o início da pandemia.
Estamos cansados de ver nosso governador ignorar a importância de nossa categoria para a economia do Estado!
Não vamos nos calar! Pedimos socorro aos prefeitos dos municípios que representamos (São Bernardo, São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Diadema e Rio Grande da Serra) para que nos permitam trabalhar em dias normais ao menos até às 23 horas e em véspera de Natal (dia 24/12) bem como no Ano Novo (31/12). Que possamos receber clientes até a 1h00, realizando jantares com pessoas sentadas, com a capacidade de lotação de 60%, música ambiente e respeitadas as regras sanitárias já vigentes.
Cordialmente
Carlos Roberto Moreira
Presidente do SEHAL / AETHAL