No mês das noivas, em maio, buffets comemoram a volta dos eventos

Com festas maiores ou menores, buffets estão com as agendas lotadas

Maio, considerado o mês das noivas, este ano está fazendo jus à fama, com a volta das comemorações que, para muitos é a consagração de um sonho. Mais do que o glamour dessa época, os buffets estão comemorando a retomada com o arrefecimento da pandemia, já que no mesmo período do ano passado, as empresas estavam fechadas em função da crise.

Na verdade, os empresários consideram que o mês já foi mais disputado pelos casais, e perdeu o posto para o fim do ano, que tem sido a preferência dos clientes. “Estamos comemorando também a volta das festas maiores”, disse o proprietário do Mansão Ilha de Capri, em São Bernardo, Marcelo Paulin.  Com a pandemia, o mercado viveu a tendência de festas pequenas, mas intimistas, como os mini Weddings (casamentos).

Apesar disso, os buffets especializados em festas sociais, como casamentos e debutantes, estão com as agendas lotadas, independentemente do tamanho.

Marcelo Paulin é um dos que atesta esse termômetro. No Mansão Ilha de Capri, as contratações das festas já alcançam a meta de 30 a 50 por mês, total considerado nos mesmos níveis antes da pandemia, em 2019. Especializado em eventos sociais e corporativos, o Mansão Ilha de Capri está com a agenda de maio esgotada para todos os fins de semana.

“O sinal de que vivemos a retomada são as confirmações das festas após as degustações que oferecemos às quintas-feiras. A maioria fecha”, explicou.

Mais intimistas – As festas e eventos continuam, porém, diante de uma nova realidade, a da versão reduzida. De olho nessa tendência e para atender à demanda, o Mansão Ilha de Capri terá um novo espaço até agosto deste ano. Trata-se do Salão Capela, com capacidade para 150 pessoas sentadas, além de ser um local que permite cerimônia religiosa.

Sim, para o empresário, 150 pessoas é uma festa menor, já que os outros salões atendem até 400 pessoas. No local, os espaços têm nomes que homenageiam cidades italianas, o Nápoles e o Veneza, cada um para 400 pessoas. E o Florença que atende 300 lugares.

“Já voltamos a fazer festas grandes, mas há pedidos para as menores. Há também os eventos corporativos que são para poucas pessoas”, comentou. O formato menor se intensificou com a pandemia quando ele realizou festas entre 80 e 100 pessoas.

A maior disputa entre os noivos é para casamentos no fim do ano, entre outubro e novembro em função do pagamento do 13º salário, férias, fim de ano e altas temperaturas. A constatação é da proprietária do Surreal Buffet, em Santo André, Patrícia Joelma.

“O mercado melhorou bastante, especialmente, depois do carnaval fora de época. Mas, a preferência das noivas é o fim do ano, o que mostra que aqui não temos mais essa tradição”, completou. Apesar disso, ela reconhece o aquecimento do mercado e a volta de festas maiores. “Já estamos realizando eventos entre 200 e 250 pessoas. As pessoas querem realizar um sonho e que a sua festa seja um glamour”, disse Patrícia.

O presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Beto Moreira, espera que as boas expectativas continuem. “Os buffets foram muito impactados com a pandemia. Acompanhamos e apoiamos a mobilização da categoria. Criamos protocolos de segurança e fomos os interlocutores em diversas ações contra o poder público na tentativa de ajudar a atividade voltar a trabalhar. Agora, o setor traz uma retomada importante que impacta o setor de serviços e o mercado de trabalho como garçons”, afirma.

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