Cardápio celíaco é um nicho de mercado a ser explorado pelos restaurantes, diz Sehal

Consumidores intolerantes ao glúten precisam de dieta especializada

O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) alerta seus associados e empreendedores em geral dos setores de hospedagem e alimentação sobre cardápio e atendimento exclusivo para clientes que são celíacos, uma doença autoimune para quem é intolerante ao glúten, e que precisa de uma dieta diferenciada. “Se trata de um público que busca casas especializadas ou que atendam às suas necessidades. Apesar de ter estabelecimentos que oferecem esse tipo de alimentação, esse micho de mercado ainda é pequeno considerado pelos consumidores”, explica Beto Moreira, presidente do Sehal.

A opinião é compartilhada pela advogada Rosangela de Araújo Mautone, que descobriu o diagnóstico da filha Mariana, de 12 anos, no início desse ano. Desde então, busca o tratamento, que inclui uma dieta específica. “Gosto de sair para comemorar, jantar fora de casa e ir a um lugar legal, bonito e agradável. Mas, agora encontrei a dificuldade porque não são todos que têm condições de atender, aliás, a grande maioria”, explicou.

Os estabelecimentos precisam estar preparados para receber esse público. É necessário ter um ambiente reservado e profissionais qualificados. “E, principalmente, evitar a contaminação cruzada”, explica a nutricionista Juliana Fagiani. Nesse caso, os utensílios usados na preparação de um cardápio comum não podem ser os mesmos para os celíacos.

“A farinha, por exemplo, fica em suspensão no ar por 24 horas aumentando o risco de contaminação cruzada. Por isso, a pessoa que tem resistência ao glúten pode ser contaminada e ter complicações. O estabelecimento deve ser exclusivo ou ter uma estrutura diferenciada. Ou optar pelo plano C:  fazer encomenda de pessoas especializadas para servir o seu cliente”, acrescentou a especialista que fala com conhecimento de causa, já que tem a doença celíaca desde criança.

“Eu tinha problemas de alergia de pele, desde pequena, e os médicos não descobriam. Tive o diagnóstico há cerca de seis anos, desde então faço o tratamento excluindo o glúten da minha dieta”, explicou. Segundo ela, retirar o glúten não significa necessariamente ser saudável. “É preciso a avaliação de especialista sobre a necessidade de suplementação de vitamina”, orienta.

Portanto, é necessário tomar muito cuidado ao consumir alimentos fora de casa. “Deve-se certificar que sejam preparados em locais específicos para a produção de alimentos sem glúten, sem contaminação cruzada, confeccionados por profissionais capacitados, que entendam a importância de garantir que não ocorra qualquer tipo de contaminação a estes alimentos”, completou Juliana.

O Pandafit, de São Caetano, é especializado na alimentação sem glúten. O estabelecimento oferece cardápio, desde refeição, pizzas, tortas, doces, bolos e pães que são preparados sem a proteína encontrada nos cereais. O estabelecimento atende todo o público, mas 60% são direcionados para os celíacos. “As pessoas vêm de todos os lugares nos procurar, sem contar o público cativo. É preciso conhecimento, prática e ter um ambiente adequado para atender esses clientes”, disse a proprietária Vanessa Dellabarba.

O restaurante existe desde 2015 e começou oferecendo cardápio para academias. “Depois começamos a ter muita procura por quem tem restrição alimentar”, destacou. Além dos celíacos, buscam o tipo de alimentação pessoas que estão em dieta, os que procuram comida saudável e low carb (baixo carboidrato).

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