*Beto Moreira
Diante da pandemia do novo coronavírus, prefeitos, Estados e Governo Federal adotam inúmeras medidas para combater o avanço da doença. A mais recente foi a volta de todo o Estado de São Paulo para a Fase Vermelha do Plano São Paulo a partir de sábado, dia 6 de março até o dia 19. Considerados serviços essenciais, educação e atividades religiosas seguem autorizadas a operar durante o período.
Toda e qualquer medida é necessária para essa crise. No entanto, a sociedade também precisa ser envolvida nessa discussão. Nós, como representantes do setor de bares e restaurantes, sequer fomos ouvidos uma vez. Fecham os estabelecimentos da nossa base, que trabalham corretamente e cumprem todos os protocolos. Aliás, o nosso setor é o que tem protocolo desde sempre. Os bares e restaurantes, mesmo antes da pandemia, seguiram normas, inclusive da Vigilância Sanitária.
Mas não somos ouvidos. Um dos grandes problemas apontados pelo avanço da doença pela Covid-19 são as aglomerações. Mas, os nossos estabelecimentos não são responsáveis por isso. Só estamos pagando uma conta indevida. E pior, a situação insustentável está levando o encerramento de muitas atividades. São tantos os prejuízos. Só pra citar mais um: com o abre e fecha das casas, em uma hora permitida e em outra proibida, os empresários são obrigados a jogar fora produtos perecíveis que já estavam programados anteriormente com compra antecipada porque quem trabalha com eventos faz uma programação prévia. É um absurdo!
Além disso, com a situação estão sendo ceifados inúmeros empregos e colocando famílias em desespero, sem ter de onde tirar o sustento.
Mas, não somos ouvidos! Queremos e precisamos trabalhar. Como já disse o governador ‘morto não consome’, pois bem, os desempregados também não. Somos capazes de apontar para os governos o que acontece na nossa base.
Só queremos que os governos nos ouçam e só queremos trabalhar corretamente. Não somos os culpados pela situação. Bares e restaurantes são locais seguros que atuam com respeito às recomendações sanitárias e de distanciamento, aqueles que porventura não as cumpram devem ser fiscalizados e seus alvarás cassados.
A continuar como está, a mortalidade de bares e restaurantes só tende a aumentar. Já temos inúmeras ações na Justiça contra os decretos. Não obtivemos sucesso em nenhuma, algumas sequer foram julgadas.
A queda de faturamento é brutal. O delivery foi a única saída para os estabelecimentos continuarem operando. Na pandemia, a preocupação com a sobrevivência tem levado os empresários à exaustão. A cada medida e a incerteza com o futuro está levando a um desgaste maior ainda.
Precisamos ser ouvidos!
*Beto Moreira é presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC)
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