Confraternização fim de ano aumenta movimento nos restaurantes

Empresários apostam em crescimento acima do nível antes da pandemia

Os bares e restaurantes da Região estão otimistas neste mês de dezembro. A expectativa é de um incremento no movimento cerca de 10% superior ao registrado nos estabelecimentos antes da pandemia. A previsão leva em conta as tradicionais festas de confraternizações, que voltaram a se concretizar, e as comemorações dos jogos da Copa do Mundo do Catar, disputada pela primeira vez nesta época.

Bastante afetados pela pandemia, o setor vê agora uma possibilidade de recuperação.

“É típico do espírito do brasileiro querer confraternizar, comemorar com amigos e familiares. E neste ano atípico, juntaram os jogos da Copa do Mundo e as confraternizações. Os estabelecimentos da Região são preparados para atender essa demanda e há cardápio para todos os públicos e gostos, desde os temáticos aos sazonais. Temos uma diversidade de casas e é importante que o consumidor prestigie o comércio local, pois é o que gera emprego e renda e desenvolve a região como um todo”, explica Beto Moreira, presidente do Sehal.

Dono de três estabelecimentos, sendo a churrascarias D’Brescia, o bar Boteco do Porco, em Santo André e o restaurante Faxa Grill, em Mauá, Edival Spricigo (o descendente de italiano conhecido como Faxa), está otimista com o movimento. Além disso, o empresário tem boas perspectivas e prevê expansão, com a inauguração de uma nova unidade em 2024.

“Vamos ficar cerca de 10% acima do movimento que tínhamos antes da pandemia”, adianta o empresário. Segundo ele, a previsão é baseada na procura pelas reservas de confraternização de fim de ano tanto quanto para o movimento gerado pelos jogos da Copa, nesse caso apenas no Boteco do Porco, onde o movimento sobe nos dias de jogos do Brasil, segundo ele.

“Para algumas datas já estamos esgotados como 9 e 12 de dezembro e 22 e 23 de dezembro. Isso sem contar Natal e Ano Novo. As pessoas querem comemorar. Em 2019, 2020 e 2021 tivemos restrição e havia receio por parte do cliente por causa da pandemia. Agora, com a situação mais controlada, as pessoas estão mais alegres e querem sair”, comentou.

Para o empresário, o cenário já é outro. Ele tem 20 funcionários a mais contratados, fixos, em relação ao quadro de funcionários antes da pandemia. “Sem contar os 10 temporários que foram contratados para o fim do ano”, reforça Faxa.

Em São Bernardo, no Brasa Bar e no pub Liverpool, que ficam na Avenida Kennedy, também já há reservas. Mas, o proprietário dos dois estabelecimentos, Carlos Alberto Miranda, o Carlinhos, (vice-presidente do Sehal) é mais reticente em relação à situação. “Antes tínhamos mais movimento de confraternização das empresas. A Toyota, que foi embora de São Bernardo, deixou um grande vácuo. Eles sempre faziam aqui todas as confraternizações”, lamenta Carlinhos.

O empresário também destaca a dificuldade de contratação de mão de obra para o setor nesse período. “Optamos por estagiários de cumins (auxiliares de garçom)”, destacou.

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