Representantes da categoria alegam que a cidade é a única a manter a determinação
Representantes dos empresários e dos trabalhadores de bares e restaurantes estão dispostos a se unir para reivindicar o fim da obrigatoriedade de máscara pelos funcionários dentro dos estabelecimentos em São Bernardo do Campo. Atualmente, decreto municipal em vigor determina o uso da proteção nesses locais como medida de prevenção à contaminação da covid-19.
Tanto o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) quanto o Sindehot-SBC (Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Bernardo do Campo e Região) concorda em propor uma moção conjunta para ser encaminhada ao poder público sugerindo derrubar o atual decreto. Os representantes das entidades alegam que a máscara já não é obrigatória na maioria dos lugares e cidades, apenas São Bernardo insiste nessa determinação.
“Quase o mundo todo já não está usando a mordaça, como estamos chamando. Só aqui em São Bernardo é obrigatório, não faz mais sentido. Queremos sensatez, já que estamos no momento de arrefecimento da pandemia. Além disso, a medida mais atrapalha do que ajuda. É incômodo para os garçons ficarem o dia todo de máscara e atrapalha a comunicação com o cliente, que não consegue ouvir ou entender o que ele quer dizer. E, na verdade, eles colocam a mão no rosto muito mais vezes do que quando estão sem”, explica Carlos Alberto Miranda, (o Carlinhos) vice-presidente do Sehal – eleito para o mandato 2022/2027 – e dono do Brasa Bar e Liverpool, ambos na Avenida Kennedy.
O presidente do Sindehot-SBC, Luiz Parente, também discorda da exigência para a categoria. “Na área da saúde acho que faz sentido. Mas, para a nossa atividade é um absurdo. Felizmente, não estamos numa fase grave da pandemia. Então, qual a razão dessa imposição para nós?”, questiona.
O sindicalista e o empresário alegam ainda que em relação à saúde e segurança, os funcionários já seguem os devidos protocolos como manter distância do cliente e higienização das mãos, entre outros. “O garçom não cumprimenta o cliente, por exemplo, até por uma questão de ética. Outro caso é o do funcionário que fica no caixa. Em geral, ele está sozinho, mas é obrigado a usar a máscara”, critica Parente. Eles esperam, entretanto, que a solicitação seja atendida para a categoria.
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